Fonte: Blog da Mimis |
Temos uma preocupação grande em oferecer ao nosso
corpo alimentos que contribuam para o seu funcionamento e, mais, não atrapalhem!
Atualmente o Novo Guia Alimentar para a População Brasileira traz como parâmetro de uma refeição saudável a frequência de alimentos in
natura (mais próximos da colheita/pesca/abate) em detrimento dos processados e
ultraprocessados (aqueles cujos rótulos trazem diversos ingredientes, em sua
maioria típicos da indústria alimentícia). Esse guia alimentar é para toda a
população, ele foi feito para ser lido por pessoas não profissionais da área, a
fim de auxiliar a melhor forma de se alimentar no dia a dia.
Faz parte da qualidade de um alimento a forma como
ele foi cultivado, uma vez que na literatura científica encontra-se muitos
estudos apresentando malefícios de
aditivos sintéticos, além dos defensivos agrícolas,como pesticidas,
agroquímicos, praguicidas.
O produto orgânico deriva de uma produção na qual
não são utilizadas substâncias que coloquem em risco o ambiente (água, solo,
ar), a saúde do consumidor e a saúde do produtor. Alimentos certificados como
orgânicos, segundo a legislação brasileira, recebem em seu rótulo o selo do
SisOrg - selo está logo abaixo do post (quando o produto é processado, se tiver
95% da sua composição de ingredientes orgânicos já recebe a certificação). Em
caso de produtores sem certificados de orgânico (aqueles que somente podem
vender nas feirinhas ou direto para o consumidor) devem ter a sua disposição a
Declaração de Cadastro, que certifica que está sob a responsabilidade de algum
grupo, além de cadastrado no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento). No site do MAPA há uma lista com os nomes dos produtores de
orgânicos cadastrados dentro do Brasil (por nome e Estado). Todo o
processo de certificação, transição da produção convencional para a orgânica e
a manutenção desta produção custa alto. O alto custo aliado ao ainda precário
investimento governamental nestes produtores faz com que o preço do produto
quando chega ao consumidor esteja muito além do preço do convencional. Os
alimentos mais acessíveis a nós são os convencionais, recebemos constantemente
uma dose de produtos tóxicos pela nossa alimentação. Os riscos e danos à nossa
saúde desta exposição já são conhecidos: alergias, câncer, má formações etc.
Contudo, em um país como o Brasil, no qual a renda de grande parcela da
população está muito aquém das suas reais necessidades, falar de escolhas
saudáveis de forma superficial torna-se a pior ferramenta para abordarmos o
Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável. Se você pode hoje comprar um
alimento orgânico, ótimo, compre! Mas não faça só isso. Ou pelo menos, pense na
possibilidade de não parar por aí. Se você tem um comércio alimentício, abra as
portas para produtores orgânicos (realizando feiras semanais, por exemplo).
Além de ampliar o movimento do seu comércio, você estará permitindo um contato
direto do consumidor com os produtores, incentivando este comércio em sua forma
mais barata. Em sua casa, tenha sua horta (é possível inclusive em
apartamentos). Em seu bairro, pense na possibilidade junto com seus vizinhos de
uma horta comunitária limpa. Aqui no blog, procurarei constantemente publicar
dicas e ideias nesse sentido. Quem quiser contribuir com sugestões, está mais
que bem vindo!
Selo de certificação do SisOrg |
Fernanda Sabatini
Nutricionista
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