Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150616_super_reconhecedores_rosto_teste_rb
Ah! esta situação provavelmente todo mundo (que tem
deficiência) já ouviu pelo menos uma vez na vida: você está na fila
preferencial, ou na vaga preferencial, as pessoas olham feio, alguém toma
coragem e fala "e aí seu folgado, cara de pau, aqui é preferencial",
e você responde "mas eu tenho deficiência (ou mobilidade reduzida)",
a criatura te olha com aquela cara de chocado e fala a célebre frase "nooooossa,
você não tem cara de deficiente".
E aí eu pergunto, o
que é ter cara de deficiente? É ser feio? Ter aquela cara meio duuur? Ter uma
aparência de pessoa sofrida, triste, abatida e depressiva?
Às vezes eu fico imaginando, a pessoa está la de boa, de
repente ela sofre um acidente ou por alguma doença acaba perdendo os
movimentos, e aí PAH! a cara da pessoa muda, ficou com cara de deficiente.
Geeente, pelo amor né? as coisas não funcionam assim,
deficiência não tem cara, não tem cor, não tem gênero, não tem nível social.
E a você que quando vê alguém alegre, bem resolvido com a
vida, e acha estranho quando descobre que essa pessoa tem deficiência, sinto em
informar, mas pessoas com deficiência têm uma vida igual a você, essas pessoas
têm amigos, saem pra passear, se divertem, brigam, dão risada até a barriga
doer, choram, dão a "loka" de vez em quando.
Estamos em 2016 (quase final de 2016), como já vimos
anteriormente, no texto Acessibilidade psicológica (clique aqui para ler), acessibilidade não é
somente o que diz respeito à arquitetura do lugar, mas também como a sociedade
acolhe as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Camila Pavan
Arquiteta
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Cara de deficiente
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