Fonte: Google imagens |
Comecei a pensar a respeito do
que escrever e deparei-me com aquela sensação de que eu tinha excesso de
assuntos. Essa não é uma situação boa para quem se propõe a escrever sobre um
assunto específico, pois corre o risco de escrever sobre algo e deixar de falar
sobre outro muito mais importante.
Aceitando esse desafio, vou
tentar colocar algumas opiniões a respeito dos últimos acontecimentos em nosso
país. Tivemos agora a realização das eleições municipais, tendo como resultado
uma colcha de retalhos em termos de partidos, colcha esta alinhavada com a
costura das abstenções, dos votos brancos e nulos.
O que teria ocasionado esse
fenômeno? Seria a falta de uma candidatura que agradasse aos eleitores, tendo-se
configurado opções que não eram do gosto dos eleitores? Seria a reação das
pessoas que tinham, como ídolos, políticos que hoje se encontram com problemas
junto à justiça? Seria voto de protesto contra tudo isto que aí esta, sinalizando
que deveríamos alterar por completo nosso sistema eleitoral?
Acredito que seja de tudo um
pouco, mas principalmente considero que estamos diante de um quadro que
necessitamos mudar o mais rápido possível, pois em breve não teremos mais votos
a serem computados, por absoluta falta de vontade da população em passar
atestado a políticos que não os representam. Saímos
dessa eleição com uma divisão muito clara, configurada da seguinte forma: os
votos brancos, nulos e abstenções somaram aproximadamente um terço de todo o
eleitorado. Parte-se do princípio que, estando todas as forças políticas representadas,
então realmente um terço da população votante disse não aos políticos
colocados.
Isso sem dúvida é reflexo da
forma errada que o povo enxerga a política. Não por culpa do povo, mas por
culpa daqueles que não a tratam como uma ciência, pela qual temos a procura pelo bem-estar comum em detrimento do bem-estar de alguns. Tudo parece ao contrário, votamos
em José e elegemos João. Antônio não se dá com Manoel, até o dia seguinte da eleição quando então passam a ser amigos de longa data.
Hoje urge fazer reformas, política,
fiscal, tributária, trabalhista. Também a revisão do foro privilegiado e a
revisão dos direitos adquiridos que justificam todas as benesses que são
distribuídas a alguns, em detrimento do restante do povo.
É mais do que chegada a hora de
fazemos valer uma afirmativa de nossa Constituição:
Todos são iguais perante a lei.
Wilson Gomiero
Ativista social
Wilson Gomiero foi o primeiro presidente do Grupo do Alto Tietê de Esclerose Múltipla (Gatem), entidade oficializada em 2002, que contava com doze pacientes. Em 2004, com 28 pacientes, conseguiu do governo estadual uma sala para ser usada como sede e para atendimento de pacientes. Conquistou parcerias com laboratórios fabricantes de medicamentos. Em 2005, a Prefeitura de Mogi das Cruzes possibilitou a locação de uma residência para a sede do Gatem. Em 2006, atendia 64 pacientes na nova sede. O Gatem passou a promover anualmente um simpósio para estudantes e profissionais das áreas de fisioterapia, psicologia e neurologia com o objetivo de informar e conscientizar sobre a esclerose múltipla e outras doenças raras do sistema nervoso central.
Foi presidente do Conselho Municipal dos Assuntos da Pessoa com Deficiência de Mogi das Cruzes (2002 a 2006); presidente da Federação Brasileira de Associações Civis de Portadores de Esclerose Múltipla (Febrapem) (2008-2011); integrante da Comissão Organizadora da II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência; coautor do Manual para Criação de Conselhos Municipais, lançado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; membro da Comissão de Orçamento e Finanças do CONADE (2013-2014). É membro do Grupo de Trabalho para Elaboração de Políticas para Atendimento a Doenças Raras (desde 2011), membro da Comissão de Implementação das Políticas para Habilitação e Reabilitação da Pessoa com Deficiência e conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), em Brasília, como representante de todos os Conselhos Municipais do Brasil.
Ativista e defensor dos direitos das pessoas com deficiência, especialmente dos portadores de esclerose múltipla e de doenças raras, Gomiero atua no grupo de trabalho do Ministério da Saúde, que produziu pela primeira vez na história do Sistema Único de Saúde (SUS), uma Política Nacional de Cuidados à Saúde para Pessoas com Doenças Raras e, também, no Plano de Ação para Saúde das Pessoas com Deficiência (2014/2021) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Conselheiro Fiscal da ABCEM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário