segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Excesso de pauta


Fonte: Google imagens

Comecei a pensar a respeito do que escrever e deparei-me com aquela sensação de que eu tinha excesso de assuntos. Essa não é uma situação boa para quem se propõe a escrever sobre um assunto específico, pois corre o risco de escrever sobre algo e deixar de falar sobre outro muito mais importante.

Aceitando esse desafio, vou tentar colocar algumas opiniões a respeito dos últimos acontecimentos em nosso país. Tivemos agora a realização das eleições municipais, tendo como resultado uma colcha de retalhos em termos de partidos, colcha esta alinhavada com a costura das abstenções, dos votos brancos e nulos.

O que teria ocasionado esse fenômeno? Seria a falta de uma candidatura que agradasse aos eleitores, tendo-se configurado opções que não eram do gosto dos eleitores? Seria a reação das pessoas que tinham, como ídolos, políticos que hoje se encontram com problemas junto à justiça? Seria voto de protesto contra tudo isto que aí esta, sinalizando que deveríamos alterar por completo nosso sistema eleitoral?

Acredito que seja de tudo um pouco, mas principalmente considero que estamos diante de um quadro que necessitamos mudar o mais rápido possível, pois em breve não teremos mais votos a serem computados, por absoluta falta de vontade da população em passar atestado a políticos que não os representam. Saímos dessa eleição com uma divisão muito clara, configurada da seguinte forma: os votos brancos, nulos e abstenções somaram aproximadamente um terço de todo o eleitorado. Parte-se do princípio que, estando todas as forças políticas representadas, então realmente um terço da população votante disse não aos políticos colocados.

Isso sem dúvida é reflexo da forma errada que o povo enxerga a política. Não por culpa do povo, mas por culpa daqueles que não a tratam como uma ciência, pela qual temos a procura pelo bem-estar comum em detrimento do bem-estar de alguns. Tudo parece ao contrário, votamos em José e elegemos João. Antônio não se dá com Manoel, até o dia seguinte da eleição quando então passam a ser amigos de longa data.

Hoje urge fazer reformas, política, fiscal, tributária, trabalhista. Também a revisão do foro privilegiado e a revisão dos direitos adquiridos que justificam todas as benesses que são distribuídas a alguns, em detrimento do restante do povo.

É mais do que chegada a hora de fazemos valer uma afirmativa de nossa Constituição:


Todos são iguais perante a lei.


Wilson Gomiero
Ativista social


Wilson Gomiero foi o primeiro presidente do Grupo do Alto Tietê de Esclerose Múltipla (Gatem), entidade oficializada em 2002, que contava com doze pacientes. Em 2004, com 28 pacientes, conseguiu do governo estadual uma sala para ser usada como sede e para atendimento de pacientes. Conquistou parcerias com laboratórios fabricantes de medicamentos. Em 2005, a Prefeitura de Mogi das Cruzes possibilitou a locação de uma residência para a sede do Gatem. Em 2006, atendia 64 pacientes na nova sede. O Gatem passou a promover anualmente um simpósio para estudantes e profissionais das áreas de fisioterapia, psicologia e neurologia com o objetivo de informar e conscientizar sobre a esclerose múltipla e outras doenças raras do sistema nervoso central.
Foi presidente do Conselho Municipal dos Assuntos da Pessoa com Deficiência de Mogi das Cruzes (2002 a 2006); presidente da Federação Brasileira de Associações Civis de Portadores de Esclerose Múltipla (Febrapem) (2008-2011); integrante da Comissão Organizadora da II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência; coautor do Manual para Criação de Conselhos Municipais, lançado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; membro da Comissão de Orçamento e Finanças do CONADE (2013-2014). É membro do Grupo de Trabalho para Elaboração de Políticas para Atendimento a Doenças Raras (desde 2011), membro da Comissão de Implementação das Políticas para Habilitação e Reabilitação da Pessoa com Deficiência e conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), em Brasília, como representante de todos os Conselhos Municipais do Brasil.
Ativista e defensor dos direitos das pessoas com deficiência, especialmente dos portadores de esclerose múltipla e de doenças raras, Gomiero atua no grupo de trabalho do Ministério da Saúde, que produziu pela primeira vez na história do Sistema Único de Saúde (SUS), uma Política Nacional de Cuidados à Saúde para Pessoas com Doenças Raras e, também, no Plano de Ação para Saúde das Pessoas com Deficiência (2014/2021) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Conselheiro Fiscal da ABCEM.


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