quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A gravidez e a Esclerose Múltipla


Fonte: Google imagens

Você tem Esclerose Múltipla e pretende engravidar?? Acompanhe nosso texto!

O diagnóstico da Esclerose Múltipla, por si só, já assusta o paciente, pois os pensamentos negativos surgem até mesmo por não saber exatamente o que é a doença. Ao procurar o neurologista você começa a tomar a medicação e tudo vai bem e aí,   depois de um tempo, você tem a felicidade de receber a notícia de gravidez. Na grande maioria das vezes é felicidade para a mulher. Mas no caso de uma paciente com Esclerose Múltipla, junto à euforia da descoberta vem a preocupação com os futuros riscos e surgem mil indagações: eu posso ter filhos? Como faço com a medicação? Eu posso continuar tomando? Vai trazer riscos para a criança? Meu filho também vai ter essa doença?

Conversamos com a neurologista Luciana Mendes Bahia que nos tirou algumas dúvidas.

Para começar, pergunto a você leitor: sabe quais são os sintomas da doença? Luciana citou que os principais são estes: borramento ou perda visual (causada pela inflamação do nervo óptico); visão dupla; fraqueza muscular de membros superiores e/ou inferiores; dormência ou formigamentos em membros; desequilíbrio, alterações da marcha; incoordenação de movimentos (dificuldade com atividades manuais, falta de precisão com movimentos finos); disfunção urinária (por exemplo, incontinência) e do trânsito intestinal; fadiga; alterações do humor e da memória.

Futuras mamães podem ficar tranquilas. A neurologista nos explica que a Esclerose Múltipla não é transmitida pela gestante ao bebê, apesar da influência genética na patogenia da doença. “Menos de 5% dos bebês de mães com Esclerose Múltipla terão o problema ao longo da vida”, explica. Luciana lembra que a gravidez não parece interferir no agravamento da EM, “pelo contrário, a frequência de surtos diminui durante a gestação e as possíveis explicações são as alterações hormonais e imunológicas que ocorrem neste período”. Mas prestem atenção, a ocorrência de surtos volta a aumentar logo após o parto. “A situação ideal é a de uma gravidez planejada em que a mulher se encontre livre de surtos clínicos ou piora radiológica recente, desta forma a medicação pode ser suspensa três meses antes da concepção e assim permanecendo durante o período gestacional com segurança”. Ela ainda alerta: “no entanto, em casos de surtos, é possível o uso de pulsoterapia com corticosteroide nos casos em que o déficit neurológico cause prejuízo funcional importante para a gestante e evitando-se seu uso em especial no 1º trimestre”, explica.

Por isso mamães podem ficar tranquilas!! Mas lembro que durante a gravidez é necessário acompanhamento especial com seu neurologista para dizer o momento certo de retomar o uso das medicações e assim ter uma gestação tranquila. 

Ainah Carvalho
Jornalista


4 comentários:

  1. Estou entrando na 25 semana de gestacao,um menino!descobri a EM a tres anos atras...mas nunca deixei de realizar meus objetivos na vida...tratei dois anos.Quando estabilizou meus medicos liberaram do interferon e tres meses apos engravidei.Tudo normal me sinto muito bem...meu foco agora esta no Felipe.Mas lembrando sempre com o acompanhamento dos neuros e do gineco/obst.eh muito importante!Boa sorte futuras mamis!!! ;)Parabens pelo blog informacoes sao de suma importancia.

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  2. Parabéns pelo texto. Didático e claro.

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  3. Parabéns pelo texto. Didático e claro.

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  4. Parabéns pelo excelente texto... Descobri a EM a 6 meses, e foi através de uma gravides.. Infelizmente não consegui ir adiante com minha gestação... mais sonho eM ser mãe. ....

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