Fonte: Imagens grátis - Pixabay |
O
diagnóstico da esclerose múltipla muda todos os aspectos da vida da paciente e
de sua família. Muitas vezes, atormentada pelas crises, a mulher não pode mais
trabalhar, o que provoca impactos econômicos e sociais.
No
entanto, estudos e pesquisas mais recentes revelam que a qualidade de vida das
pacientes com esclerose múltipla tem melhorado nos últimos anos. Medicamentos
aliviam os piores sintomas e grupos de apoio têm ajudado pacientes e suas
famílias a colocarem as coisas numa perspectiva de normalidade.
Essa
mudança na experiência de lidar com a doença, na mentalidade, no trabalho e na
vida doméstica é revelada num documento do Working Mother Research Institute, feito em parceria com a Novartis e a National Multiple Sclerosis Society,
envolvendo dados de 1.248 mulheres com esclerose
múltipla.
Os
resultados – publicados no relatório Mulheres e Esclerose Múltipla – trazem muitas notícias
encorajadoras. “Por exemplo, embora 60% das mulheres pesquisadas afirme que
opta por ocultar seus sintomas no trabalho, mais da metade das participantes
disse que se sente à vontade para discutir a doença com seus chefes (59%) e seus
colegas de trabalho (61%)”, informa o neurologista, Willian Rezende do Carmo,
CRM-SP 160.140.
A
esclerose múltipla, no entanto, é imprevisível.
O relatório mostra que a maioria das mulheres lida com o impacto da
doença diariamente. “Oito em cada 10
mulheres pesquisadas estão atualmente experimentando sintomas ou os têm
experimentado, nos últimos três meses. Os mais comuns são fadiga, dormência,
formigamento e dificuldades de memória”, diz o médico.
O que pode ajudar no ambiente de trabalho?
Em
primeiro lugar, a maioria das mulheres do relatório são pró-ativas sobre o
próprio tratamento: 79% dizem que estão atualmente fazendo uso de medicações
modificadoras de doença.
Em
segundo lugar, a flexibilidade do local de trabalho. Enquanto a maioria das inquiridas
(71%) disse se preocupar com a sua capacidade de continuar trabalhando, um
total de 40% destaca que reajustaram suas tarefas para melhor gerenciar sua
doença. Destas, 38% reduziram o horário de trabalho e um terço trabalha em
horário flexível.
No
entanto, como acontece com muitos trabalhadores americanos, poucas mulheres que
trabalham e têm esclerose múltipla têm
acesso a locais de trabalho flexíveis: apenas 41% alega flexibilidade para
trabalhar em casa, enquanto apenas 26% diz que pode trabalhar a partir de casa,
quando necessário.
“Locais
de trabalho flexíveis ajudam todos os funcionários, por isso não é nenhuma
surpresa que as mulheres com esclerose múltipla digam que esse benefício é
importante também. Mulheres com esclerose múltipla precisam de mais apoio no
local de trabalho, tanto de empregadores, quanto de colegas, e a possibilidade
de trabalhar em casa é um bom começo”, defende o neurologista.
Neurologista - CRM-SP 160.140
Nenhum comentário:
Postar um comentário