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Vivemos em constante renovação. Quando crianças pensávamos basicamente nas nossas brincadeiras, logo após
começamos a pensar em nossos estudos. Crescemos e começamos a enfrentar a vida
de uma forma diferente, tivemos que aprender a nos manter, auxiliar nossos
pais no que fosse possível; continuamos nossa caminhada e possivelmente nos
envolvemos com uma pessoa e desse envolvimento tem origem uma nova família.
Durante esse período
procuramos nos esforçar para conseguir estabelecermo-nos na vida, para poder
propiciar o que de melhor nós pudermos para os nossos parceiros e também para
os nossos filhos. Do nada surge uma doença que modifica todo esse nosso rumo,
fazendo com que tenhamos que repensar toda nossa trajetória. Não é uma tarefa
fácil, demanda tempo, cumplicidade, companheirismo e principalmente muito amor.
Nem sempre isso é possível e
de repente descobrimos que fomos abandonados por nossos parceiros ou por nossa
família e temos que procurar um porto seguro para tentar recomeçar toda a nossa
caminhada. Normalmente nosso porto seguro é uma associação ou uma entidade que
procura agregar pessoas que tenham problemas semelhantes para que, em uma troca de
conhecimento ou angústias, consigamos descobrir as respostas que temos para as
nossas dúvidas. Normalmente estas entidades surgem por força da atuação de
alguém que sentiu na pele o desconhecimento, a falta de informação, a falta de
alguém para que pudesse trocar suas angústias e acertos. Também é normal que a
pessoa que tomou a frente na criação ou elaboração nesta entidade permaneça na
mesma, exercendo diversas funções durante muito tempo.
Aí surge um problema sério,
pois, de repente, esta pessoa pode achar que é o dono da entidade, que pode
fazer da mesma um prolongamento de si, é aquilo que normalmente denominamos
como o dono da entidade, isto quando não confunde-se o nome da entidade com o
nome desta pessoa, gerando afirmações como associação de seu fulano ou o grupo
de seu sicrano. Para evitar este tipo de acontecimento temos que entender desde
o começo que todo e qualquer associação ou grupo de apoio não têm dono, eles pertences a todos que os compõem, sendo necessária a renovação constante das
pessoas que a comandam, pois só assim será atingida a perenidade da entidade. Se
isso não for feito, quando do desaparecimento da pessoa que criou a entidade, a
tendência é que ela também desapareça.
Agora não pensando na entidade
e sim na pessoa que a criou, temos outro problema, qual seja o desta pessoa
passar a viver em função da entidade, não tendo mais nenhum objetivo na vida a
não ser dedicar-se àquilo que ela criou. É de suma importância que a pessoa
sempre procure novos desafios e que entenda que para tudo tem sua hora,
inclusive a hora de parar. Que esta hora seja o momento em que tudo esteja
correndo bem para que essa transição não se transforme no futuro em um gargalo,
tanto para quem está saindo, como para quem esta assumindo o seu posto.
Não passe a tua vida pensando
ou agindo somente em função de alguma coisa ou causa, reinvente-se, faça
diferente, crie coisas novas, trace novos rumos na sua vida.
Recomeços sempre são necessários.
Wilson Gomiero
Ativista social
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