sexta-feira, 22 de julho de 2016

EM busca...


Fonte: Google imagens

"Encontre um lugar em você onde haja alegria e a alegria vai eliminar a dor"

(Joseph Campbell)

Meu 2016 começou com uma única busca. A busca pela simplicidade! Comecei o ano sem grandes planos, apenas focando em viver cada dia da melhor forma possível.

Desde pequena ouvia uma frase que dizia: "quem não sabe o que procura, não sabe quando encontra!". Uma única busca que, na verdade, consiste no maior achado de toda a minha vida. Consiste em entender e aceitar intrinsecamente (do fundo do coração) que a própria busca já é o achado. A busca constante é característica inerente à vida e encarar cada busca como uma oportunidade e uma descoberta é o que torna cada momento por mais simples que pareça; mais útil, completo, sereno.

Graças à esclerose múltipla, estou tendo a oportunidade de aproveitar ao máximo a efemeridade da vida. Sem muitas expectativas, apenas vivendo momentos que se completam em si mesmos! Momentos que te enchem de vida e que enchem de vontade de viver novos momentos. Te enchem de gana para buscar, achar e aprender cada vez mais sobre temas diversos, compreendendo sobretudo, o quanto a vida nos convida a novas descobertas diárias.

Estou vivendo como Cinderela, tentando ser "gentil e corajosa"! Corajosa para buscar novos médicos, novos medicamentos, nova alimentação, suplemento de vitaminas, exercícios físicos, arrumação da minha casa inteira! Arrumação esta, que no meu caso, reflete uma vontade de arrumar a vida. Aquietar o coração, ser mais positiva, mais serena, mais livre, mais completa, mais EU! E sendo gentil (ainda estou aprendendo, porque esse aprendizado é contínuo!), porque de nada adianta não ser! Ser gentil ante à adversidade demonstra o quão forte o ser humano pode ser. E ser rude, só o torna mais amargo e menos preparado para as próximas tormentas.

Convites esses que são repetidas vezes ignorados por nós, que nos detemos a construir imensos planos. Vislumbramos portões suntuosos à distância, sem nem ao menos notarmos cada uma das infinitas janelas que se abrem ao longo do caminho.

Parei um pouco de pensar em como deveria viver e decidi apenas viver! Com cautela, com parcimônia, sem tantos medos, sem tanta pressa! Sem expectativas exorbitantes e estratosféricas!


Liane Moreira
Bióloga

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