Fonte: www.coripa.org.br |
São Paulo, a maior metrópole do Brasil, é uma das cidades
mais poluídas do mundo. Evidentemente, que é menos poluída que alguns
municípios da China e da Índia, mas está longe do aceitável do ponto de vista
atmosférico, de acordo com a OMS. São inúmeras e nefastas as consequências ao
organismo humano em face da emissão de poluentes atmosféricos. Desde problemas
como alergias, doenças cardiovasculares, abortamentos, prematuridade,
bronquite, asma, fibrose pulmonar, neoplasias, alterações pulmonares
localizadas e sistêmicas, bem como alterações comportamentais, cognitivas e
transtornos de humor.
Na última década, muitos estudos foram dirigidos para a
questão ambiental e doenças neurodegenerativas. Dentre estas, destacam-se alzheimer, parkinson, demências, mas também há linhas de pesquisa em esclerose
múltipla, esclerose lateral amiotrófica e miopatia por corpos de inclusão. O
estresse oxidativo tem efeitos prejudiciais graves sobre o material genético
das células (DNA e RNA) e também sobre suas proteínas e organelas.
Em estudo
realizado na região de Lombardia, na Itália, em fevereiro do corrente ano, com
pacientes com diagnóstico de esclerose múltipla, demonstrou-se que um maior
número de internações hospitalares e a ocorrência de recidivas da doença ocorreram
em períodos de maior exposição a poluentes ambientais. Houve aumento agudo nas
respostas inflamatórias neurológicas e sistêmicas.
Fica claro
que muitas dessas enfermidades apresentam o componente ambiental como um dos
prováveis vilões da doença em si. Neste particular, vale ressaltar que a
sociedade como um todo necessita de políticas públicas mais eficazes para
promover melhora da qualidade do ar inspirado.
O que se
pode fazer numa situação de tão amplas proporções? A resposta mais simples
seria: faça sua parte! Pare de fumar, por exemplo, para aqueles que ainda
insistem. Cerca de 20% da população de São Paulo é fumante, mas todos estão
expostos à poluição atmosférica da cidade. Some-se a poluição decorrente da
emissão dos gases tóxicos dos automóveis e aquela oriunda do cigarro, tudo é
potencializado. Menos nicotina no ar ambiente, melhor para você e para os que o
cercam. Pequenas mudanças tais como deixar o automóvel em casa de vez em
quando, usar transporte público, trocar o modelo do carro por outro que polui
menos (realizar revisões periódicas), além de dar preferência aos combustíveis
mais limpos, são medidas pontuais e simples, mas eficazes. Plantar uma árvore
também ajuda! Há estudos que demonstram que morar a menos de 300 metros de um
parque reduz as possibilidades de infarto agudo do miocárdio em 30%. Exercícios
ao ar livre, em regiões arborizadas, são muito mais vantajosos do que fazê-los
em ambientes rodeados de carros expostos aos gases dos escapamentos. Lendo isso,
pode-se entender o quanto é desproporcional suar a camisa nessas grandes
avenidas. Plante dentro de você a ideia de um mundo melhor, com melhor qualidade
do ar e melhores condições de saúde para todos. Pode parecer pouco, mas esse
pouco é o que está ao seu alcance.
Respire aliviado!!!!
Celiana Figueiredo Viana
Fisioterapeuta
Sabias Palavras, que ultimamente vem tão pouco levadas a serio.
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