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Pegando " carona " no texto do Sr. Wilson
Gomiero e atendendo à demanda da pesquisa de opinião sobre o blog, vou abordar o
tema Esclerose Múltipla e depressão.
Alterações de humor, como euforia e estados de apatia, nos pacientes com Esclerose Múltipla, são conhecidos desde as primeiras descrições da doença. Charcot, já os definia como parte do quadro clínico. Desde então, diversos pesquisadores estudam a prevalência e psicopatologia da depressão na EM.
Enquanto alguns apontam para uma prevalência dela, outros consideram como sendo de menor importância. Portanto, os estudos ainda não são conclusivos.
Na prática, o que se observa, é que ao longo do curso da Esclerose Múltipla pode haver vários episódios depressivos, que podem ou não desencadear os "surtos". O que sabemos é que a depressão não é apenas um "estado emocional", pois ela também tem a ver com um desequilíbrio bioquímico do cérebro, portanto, em muitos casos, não basta a "famosa força de vontade" para sair deste quadro.
Um diagnóstico bem feito, com encaminhamento para profissionais adequados, como neurologista, psiquiatra e psicólogo, pode abreviar o tempo da depressão, bem como diminuir os sintomas, por vezes incapacitantes e, como citei acima, talvez evitar um possível surto.
Depressão é assunto sério! Requer cuidado e acompanhamento, pois dificulta a convivência com a EM e pode incapacitar para as atividades profissionais, sociais e afetivas.
É importante mencionar, ainda, que com certeza a depressão também pode acometer aos familiares ou cuidadores dos pacientes com Esclerose Múltipla. Em outro post falarei mais à respeito.
Grande abraço!
Luiza Donegá
Psicóloga
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