Fonte: http://mundodapsi.com/wp-content/uploads/2016/02/mente1.jpg |
Será
que fraquejar, pensar em desistir, sentir raiva, perder a fé, é normal
perante uma doença?
Perguntas que ouço diariamente no consultório e
fora dele. Tanto das pessoas que estão doentes, quanto de seus
familiares.
Eu diria que, além de normal, é comum e tudo bem!
Precisamos aprender a dar espaço para todo tipo de sentimento, precisamos aprender a perder o medo de sentir. Tudo o que é negado, escondido, amordaçado, têm tendência de se deslocar para o lado oposto, assim, se negamos sentimentos, eles refletem no corpo. A psicossomática, área da psicologia , trabalha muito bem com nisso .
Sentir raiva não te torna uma pessoa raivosa; estar triste após o diagnóstico de uma patologia, não te torna depressivo, impotente e não quer dizer que esses sentimentos serão eternos.
São fases pelas quais passamos. Apenas fases e elas não devem ser negadas. Com certeza, mesmo convivendo um certo período com a Esclerose Múltipla, por exemplo , chega um momento em que as limitações que os sintomas podem causar irritam, entristecem, deprimem. Devemos poder compartilhar isso com alguém sem medo de assustar esta pessoa, poder chorar, enfim, colocar pra fora todo este peso. Essa é uma das funções dos grupos de apoio, tanto para os pacientes, como para os familiares.
A única observação que faço é estar atento à duração dessas fases. Períodos prolongados de depressão, raiva, desmotivação, pedem ajuda profissional, com certeza, pois podem induzir a outros sintomas físicos, bem como interferir nas relações sociais.
Portanto, por favor, olhe com respeito pras suas emoções, dê um lugar à todas, faça as pazes com você !
Abraços!
Luiza Donegá
Psicóloga
Nenhum comentário:
Postar um comentário