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Os
glicocorticoides, que são a junção de glicose + córtex + esteroides,são
hormônios esteroides produzidos pelo córtex da glândula suprarrenal. O cortisol
é um hormônio produzido pelo nosso organismo que sob estresse físico aumenta sua produção.
A
semelhança do cortisol com os corticoides é básica, os corticoides são mais
potentes que o cortisol natural produzido por nosso corpo, por isso são tão
receitados e eficazes em doenças autoimunes. Porém, inúmeras doenças podem ser
tratadas por meio do uso de corticoides ou glicocorticoides por suas
propriedades anti-inflamatórias, antialérgicas e imunossupressoras.
Corticoides, quando receitados para uso uso continuo, nota-se considerável aumento de apetite e o efeito
colateral mais visível desse medicamento é aumento de massa corpórea, ou
melhor, acúmulo gordura no corpo. Isso ocorre pela produção de glicose (açúcar)
e energia no organismo, com finalidade de preparar nosso organismo para
combater a agressão causada pelo estresse físico, podendo acarretar a Diabetes
Mellitus.
Outro
efeito colateral mais visível é o inchaço e a retenção de líquidos, uns dos
martírios pós-pulsoterapia para pacientes com esclerose múltipla.
A
nutrição apresenta alguns alimentos com bases funcionais e anti-inflamatórias,
aumentando a nossa imunidade por meio de algumas substâncias que têm a
capacidade de liberação de hormônios que inibem a ação inflamatória para
reparar uma lesão.
Entre
essas substâncias estão o ácido graxo ômega 3, a alicina, a antocianina e a
vitamina C. Por outro lado, as carnes gordurosas, o açúcar em excesso, o
fast-food e as guloseimas aumentam a inflamação no organismo, devido conter as gorduras ruins (trans e saturadas) usadas no preparo e
no processamento destes alimentos industrializados. Por este motivo, combinar alimentação equilibrada, consumo de água e a prática
de atividades física por até 30 minutos por dia, sob orientação profissional, é fundamental para que existam respostas desses alimentos funcionais em nosso organismo.
Gengibre:
Uma das plantas medicinais mais antigas e populares do mundo.
Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias,
especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e
zingerona. Tem sido largamente empregado na culinária como condimento, em
bebidas e na medicina popular. As plantas da família Zingiberaceae, em geral,
apresentam ingredientes pungentes. O gengibre apresenta compostos como
6-gingerol e 6-paradol, os quais possuem efeito antitumoral. Nenhum efeito
tóxico foi reportado. Algumas pessoas podem ter efeitos colaterais leves,
incluindo azia, diarreia e desconforto gástrico. Evitar o uso concomitante a
anticoagulantes, especialmente próximo a procedimentos cirúrgicos. O gengibre
pode reduzir a glicose sérica. Pacientes com uso de hipoglicemiantes devem
acompanhar os níveis de glicose. Possui
efeito quimiopreventivo, devido ao composto fenólico gingerol, responsável pelo
sabor picante do gengibre (Zinziber officinale Roscoe) que inibe a ativação de
AP1 induzida por fator de crescimento epidermoide. Além de ser usado por seus
efeitos hepatoprotetores, antioxidantes, antidiabético, anti-hiperlipidêmico e
antiobesidade.
Cúrcuma
(Açafrão da Terra): Possui flavonoides e alcaloides que têm efeito
anti-inflamatório e antioxidante. Para além da sua forte atividade
antioxidante, a curcumina tem sido intensivamente estudada como agente
anticancerígeno. A
curcumina participa da ativação de células do sistema imunitário (defesa do
corpo), atividade antiparasitária, além da sua reconhecida ação antitumoral
(anticancerígena). Uma estratégia comum para aumentar a biodisponibilidade da
curcumina (aumentando o seu efeito no organismo) é a utilização de adjuvantes
que bloqueiam a sua biotransformação, como é o caso da piperina, um alcaloide
extraído das sementes de pimenta do reino (Pipper nigrum L).
Alho:
O Alho pertence à família Liliaceae. O principal composto sulfuroso, produto de
degradação de aminoácidos sulfurosos, é a alicina, um provável quimioprotetor.
A ciência investiga seus efeitos nas doenças cardiovasculares, câncer,
inflamação e infecção. Cerca de 30 ingredientes com potenciais efeitos
biológicos foram identificados no alho, entre eles os efeitos hipotensor,
hipoglicemiante, antiviral, antitumoral, hipocolesterolêmico, antifúngico e
antioxidante.
Brócolis:
Alimentos sulfurados e nitrogenados são compostos orgânicos usados na proteção
contra o câncer, sendo ativadores de enzimas de destoxificação do fígado. Há
indícios que o consumo dessa classe de alimentos (alho, cebola, alho-poró,
cebolinha, brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho, agrião, nabo e
rabanete) ricos em compostos sulfurosos pode diminuir a pressão sanguínea e
aumentar a defesa imunológica, também tem sido demonstrado o potencial de
proteger as células de lesões ao DNA e do câncer.
Frutas
vermelhas: Os flavonoides são o principal grupo de compostos fenólicos
encontrados em plantas. Eles apresentam uma série de atividades biológicas
antioxidantes, quimioprotetoras, anticarcinogênicas, anti-inflamatórias. Algumas
fontes de flavonoides são uva, amora, framboesa, frutas cítricas, romã,
mirtilo, entre outras.
Peixes
ricos em ômega-3: A família dos ácidos graxos ômega-3 participa da síntese dos
eicosanoides anti-inflamatórios. Juntamente com o azeite de oliva, fazem parte
do tratamento dietético de indivíduos com dislipidemias e outras doenças.
Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a ingestão regular de peixe
(sardinha, atum, truta, cascudo, arenque) na dieta (3 vezes/semana) tem efeito
favorável sobre os níveis de triglicerídeos, pressão sanguínea, do mecanismo de coagulação e o ritmo cardíaco, na prevenção de câncer colônico e
na redução da incidência de aterosclerose.
Não obstante as propriedades benéficas dos alimentos acima, é fundamental ressaltar que acompanhamento médico e nutricional é de extrema importância para uma boa evolução de qualquer tratamento.
“Faça
do seu alimento seu medicamento.”
Mayara Ribeiro Baptista
Nutricionista
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