Fonte: http://www.rosana.com.br/tratamentos/disfuncao-sexual-feminina/ |
Chegou
o momento de escrever sobre outro tipo de disfunção pélvica comum ao paciente
com Esclerose Múltipla, a Disfunção
Sexual, tema um pouco mais delicado, mas que também é muito importante de ser
discutido.
Como
expliquei no post sobre Bexiga Neurogênica, aqui a causa da Disfunção Sexual é
muito semelhante, porém acrescida de outros fatores. Em função da formação das
placas de esclerose em determinadas regiões cerebrais e/ou medulares, o
controle central que provoca respostas corporais de preparação para o sexo fica
comprometido. Mas, além disso, as alterações motoras, psicológicas e emocionais
também podem afetar a vida sexual. Dividimos então as disfunções sexuais em
primárias, secundárias e terciárias.
As
primárias têm relação direta com as placas de esclerose. Como exemplo estão a
diminuição da libido, da lubrificação vaginal, alterações da sensibilidade na
área genital, dores durante o ato sexual, diminuição ou ausência de orgasmo e
disfunção erétil.
As
secundárias surgem em consequência de outras alterações físicas causadas pela
própria Esclerose Múltipla, por exemplo, a espasticidade, os tremores, a
incontinência urinária, a disfunção intestinal, e especialmente a fadiga,
situação que muitas vezes não permite que a excitação sexual aconteça.
As
terciárias têm origem nas consequências culturais, sociais, emocionais e
psicológicas da Esclerose Múltipla. Incluímos aqui a depressão, a ansiedade e a
alteração da imagem corporal (como cada um vê e julga o próprio corpo).
Mas
e agora? Depois de tantas definições, o que fazer para driblar essas
disfunções?
Primeiramente, é importante que haja muita conversa e cumplicidade
com o(a) parceiro(a), pois algumas situações podem ser melhoradas apenas com
alguns ajustes entre o casal. Por exemplo, no caso da diminuição da
lubrificação, o uso de lubrificantes a base d’água não irritativos podem ajudar
bastante. Quanto à fadiga, quem sabe tentar ter relação sexual pela manhã ou
em um horário do dia em que se esteja mais descansado.
Outra
questão importante é uma conversa com o médico sobre suas dificuldades sexuais
para que ele possa receitar alguma medicação para diminuir a espasticidade, por
exemplo, ou então para a disfunção erétil ou depressão. A Fisioterapia
Neuropélvica também pode ajudar muito na melhora da função sexual, mas este
será o tema de meu próximo post!!
A
mensagem de hoje é: converse com seu parceiro, com seu médico e com seu
fisioterapeuta sobre como está e como você gostaria que estivesse sua
sexualidade. Permita-se mudanças para melhor e realizações também na sua vida
sexual!
Abraço!
Dra.
Cíntia Fischer Blosfeld
Fisioterapeuta
Neurofuncional
Fisioterapeuta
Pélvica
cintiaef@gmail.com
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