quarta-feira, 25 de abril de 2018

Qual o seu limite?

Fonte: Google imagens

Qual o seu limite? Essa é uma pergunta muito complexa e com diversas variáveis. Noto que nem sempre o que funcionou hoje pode ser aplicado amanhã ou é similar para todos que lidam com o mesmo diagnóstico.
Às vezes para um "esclerosado" é necessário um dia de repouso para fazer uma atividade simples, um passeio ou sair para resolver questões ligadas ao tratamento.
Acredito que um sentimento comum entre os que lidam com a EM é que quando não conseguem sair de suas camas, concretizarem suas tarefas ou afazeres, essa  inércia  impacta de forma conflitante e não é nada fácil lidar com tal condição.
Realizei essa indagação no grupo para outros colegas. A seguinte resposta foi descrita: também sinto o mesmo, mas é fundamental aceitar e não remoer que é pior.
É desafiador não pensar sobre, principalmente quando mora-se sozinha como no meu caso, outros quando possuem uma família para cuidar...enfim, cada um sabe onde esse limite surge e interfere.
Diariamente, tenho que repensar esses questionamentos, pois  tinha a visão que ficar parada era um desperdício de tempo e algo relacionado à inutilidade. Fora que nessas ocasiões  aumenta a ansiedade para resolver inúmeras questões.
A aparência ou até mesmo limitações por alguma sequela dos surtos nem sempre podem ditar o seu limite, mas adaptar-se de forma constante e perceber que podemos ocupar ou encontrar uma solução nesse tempo, seja com uma atividade que esteja acessível, pois é essencial desenvolver novas habilidades.

Jennifer Araujo




Bacharel em Comunicação Social - produção editorial, apaixonada por música, viagens, teatro e fotografia. Diagnosticada com esclerose múltipla desde 2013.





Um comentário:

  1. É... temos que conhecer e respeitar nossos novos limites que vieram junto com a EM !

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