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Depois de uma gravidez tranquila, um filho saudável e
lindo, você crê que está tudo bem, mas aí você faz os exames pedidos pela tua
médica de confiança e se depara com uma lesão ativa. Plin, plin! realidade chamando.
Pelo fato de ficar sem medicação durante a gestação,
aparece uma lesão ativa. Com uma criança pequena, o que fazer?
Primeiramente, parar de amamentar. Apesar da dor no coração,
você o faz, pois o importante é conseguir cuidar do anjinho mandado por Deus,
depois se internar para administração do Solumedrol ( milagroso corticoide).
Outra provação, se
separar daquele ser que agora faz parte do ar que respira. Mas para quê?
Porque isso te trará uma melhora significativa e ficaremos
felizes, já que este é o gás que precisamos para cuidar da nova vida que
tanto nos alegra e depende de nós.
Internação feita, recepção excelente feita pela minha
médica que tanto me esclarece e acalma e, enfim, remédio recebido. seis dias que só não foram piores porque meu amor esteve comigo todo tempo, me acalmando e acariciando para amenizar o sofrimento que senti por estar longe do meu pequeno.
De volta ao
lar, com a felicidade tomando conta de nós por reencontrar aquele pequeno, bem
e saudável, graças à vovó da guarda que o ama como um filho.
Hora de cumprir o protocolo, retornar ao médico para saber
como devemos proceder com o medicamento de uso habitual.
Aí entramos na sala da médica responsável, que neste caso
não é uma médica e sim um anjo da guarda, literalmente, e com muita cautela ela pergunta: "- você sente muitos efeitos colaterais com o medicamento que usa?" No caso, Rebif 22.
Digo: não, apenas a inseparável fadiga.
Então após conversamos e entrarmos em um consenso,
decidimos, por bem, mudar para o Rebif 44. E ao nos despedirmos ela faz uma observação: "- qualquer
efeito colateral ou mal estar que sentir, me avise".
Medicação trocada e, como de costume, administro-a de noite. Até aí não sabia o que estava por vir...
Após duas horas de sono, acordo com o bebê chorando, chamo pela minha mãe que sempre me ampara nestas horas, ela
levanta para atender o bebê e eu tento levantar para ir ao banheiro, mas sem
sucesso, não consigo, sento-me na cama com muita dificuldade e em prantos de
dor espero a vovó da guarda dar de mamar a ele.
Bebê alimentado,
chamo pela minha mãe e fada madrinha para me auxiliar. Ela entra em meu quarto e me pergunta o por quê do choro,
explico ser devido às dores; dores nas juntas, todas, pés, tornozelos, quadril,
cintura, cotovelos e ombros. E como se não bastasse as dores, não conseguia
ficar em pé, nem com andador.
Lembrei-me então, do que a minha anjinha e médica disse: "- qualquer coisa, me avise". Foi o que fiz, entrei em contato e ela disse: "- sim, é efeito colateral da medicação. Ainda questionei: mas é muita dor, será que não pode ser surto? Ela respondeu: "- à primeira vista, não, mas vamos observar".
Prescreveu medicamentos para dor e estou aqui refém das dores, mas com fé em Deus e
no que minha médica disse as dores
hão de passar.
Porém, como toda explicação para mim tem que ser empírica,
fui ler a bula e lá estão todos os sintomas que sinto.
E por que lhe relato o ocorrido?
Sei que nem todos têm um pronto atendimento eficaz como o
que tenho. Então, ao mudar de medicamento, seja por qualquer que seja
o motivo, não aceite a troca sem uma explicação exata do que pode lhe
acontecer.
Procure saber todos os efeitos colaterais e consequências.
É dever do médico explicar tudo o que a medicação pode lhe causar.
Tente, sempre, em um primeiro momento, manter a calma, depois,
procure o médico e saiba que nem tudo o que sentimos de diferente é surto.
No meu caso foi um pseudo surto devido à troca da dosagem
da medicação e creio que este mal que enfrento hoje, amanhã será a
desinflamação das lesões ativas e, no final,
um bem maior surgirá em minha vida, condições físicas e psicológicas me
serão dadas por Deus através deste medicamento que hoje me faz tanto mal, mas
que permitirá a estabilização da esclerose múltipla.
Aproveito para agradecer minha família, todos, pai,
madrinha, titia e titio e um agradecimento especial para minha mãe, meu amor e
minha médica. Muito obrigada!
Fé em Deus e força sempre!
Evelyn Cristina
Infelizmente, a minha irmã não teve uma médica assim. Não temos mãe nem pai, enfim, ela a ajuda nem a orientação que precisava. Ela se foi e agora está tendo a ajuda dos anjos de Deus em sua nova morada no céu
ResponderExcluirOlá, imagino como é grande a falta que ela te faz, mas tem toda razão, agora ela está bem, sem dores e sofrimento.
ExcluirEstamos aqui neste plano, de passagem, com uma missão.
Somos lançados na terra feito sementes, germinamos, crescemos e um dia, frutificamos ao céu novamente.
Para quem fica, é muito dolorido, mas está é a única certeza que temos, que retornaremos ao céu novamente. E tenha certeza, que um dia, se reencontrarão novamente, e neste dia, comemorarão com alegria.
Enquanto isso, alimente-se com as boas lembranças dos momentos que tiveram juntos.
E quando sentir muitas saudades, sorria, tenha certeza de que ela ficará feliz em ver-te sorrir.
Abraço e que Deus te abençoe!
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