sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Há males que vêm para o bem - nem tudo é surto!


Fonte: www.linkedin.com


Depois de uma gravidez tranquila, um filho saudável e lindo, você crê que está tudo bem, mas aí você faz os exames pedidos pela tua médica de confiança e se depara com uma lesão ativa. Plin, plin!  realidade chamando.

Pelo fato de ficar sem medicação durante a gestação, aparece uma lesão ativa. Com uma criança pequena, o que fazer?

Primeiramente, parar de amamentar. Apesar da dor no coração, você o faz, pois o importante é conseguir cuidar do anjinho mandado por Deus, depois se internar para administração do Solumedrol ( milagroso corticoide).

Outra provação, se separar daquele ser que agora faz parte do ar que respira. Mas para quê?

Porque isso te trará uma melhora significativa e ficaremos felizes, já que este é o gás que precisamos para cuidar da nova vida que tanto nos alegra e depende de nós.

Internação feita, recepção excelente feita pela minha médica que tanto me esclarece e acalma e, enfim, remédio recebido. seis dias que só não foram piores porque meu amor esteve comigo todo tempo, me acalmando e acariciando para amenizar o sofrimento que senti por estar longe do meu pequeno.

De volta ao lar, com a felicidade tomando conta de nós por reencontrar aquele pequeno, bem e saudável, graças à vovó da guarda que o ama como um filho. 

Hora de cumprir o protocolo, retornar ao médico para saber como devemos proceder com o medicamento de uso habitual.

Aí entramos na sala da médica responsável, que neste caso não é uma médica e sim um anjo da guarda, literalmente, e com muita cautela ela pergunta: "- você sente muitos efeitos colaterais com o medicamento que usa?" No caso, Rebif 22.

Digo: não, apenas a inseparável fadiga.

Então após conversamos e entrarmos em um consenso, decidimos, por bem, mudar para o Rebif 44. E ao nos despedirmos ela faz uma observação: "- qualquer efeito colateral ou mal estar que sentir, me avise".

Medicação trocada e, como de costume, administro-a de noite. Até aí não sabia o que estava por vir...

Após duas horas de sono, acordo com o bebê chorando, chamo pela minha mãe que sempre me ampara nestas horas, ela levanta para atender o bebê e eu tento levantar para ir ao banheiro, mas sem sucesso, não consigo, sento-me na cama com muita dificuldade e em prantos de dor espero a vovó da guarda  dar de mamar a ele. 

Bebê alimentado,  chamo pela minha mãe e fada madrinha para me auxiliar. Ela entra em meu quarto e me pergunta o por quê do choro, explico ser devido às dores; dores nas juntas, todas, pés, tornozelos, quadril, cintura, cotovelos e ombros. E como se não bastasse as dores, não conseguia ficar em pé, nem com andador.

Lembrei-me então, do que a minha anjinha e médica disse: "- qualquer coisa, me avise". Foi o que fiz, entrei em contato  e ela disse: "- sim, é efeito colateral da medicação. Ainda questionei: mas é muita dor, será que não pode ser surto? Ela respondeu: "- à primeira vista, não, mas vamos observar".

Prescreveu medicamentos para dor e estou  aqui refém das dores, mas com fé em Deus e no que minha médica disse as  dores hão de passar.

Porém,  como toda explicação para mim tem que ser empírica, fui ler a bula e lá estão todos os sintomas que sinto.

E por que lhe relato o ocorrido?

Sei que nem todos têm um pronto atendimento eficaz como o que tenho. Então, ao mudar de medicamento, seja por qualquer que seja o motivo, não aceite a troca sem uma explicação exata do que pode lhe acontecer.

Procure saber todos os efeitos colaterais e consequências. É dever do médico explicar tudo o que a medicação pode lhe causar.

Tente, sempre,  em um primeiro momento, manter a calma, depois, procure o médico e saiba que nem tudo o que sentimos de diferente é surto.

No meu caso foi um pseudo surto devido à troca da dosagem da medicação e creio que este mal que enfrento hoje, amanhã será a desinflamação das lesões ativas e, no final,  um bem maior surgirá em minha vida, condições físicas e psicológicas me serão dadas por Deus através deste medicamento que hoje me faz tanto mal, mas que permitirá a estabilização da esclerose múltipla.

Aproveito para agradecer minha família, todos, pai, madrinha, titia e titio e um agradecimento especial para minha mãe, meu amor e minha médica. Muito obrigada!

Fé em Deus e força sempre!


Evelyn Cristina


3 comentários:

  1. Infelizmente, a minha irmã não teve uma médica assim. Não temos mãe nem pai, enfim, ela a ajuda nem a orientação que precisava. Ela se foi e agora está tendo a ajuda dos anjos de Deus em sua nova morada no céu

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    1. Olá, imagino como é grande a falta que ela te faz, mas tem toda razão, agora ela está bem, sem dores e sofrimento.
      Estamos aqui neste plano, de passagem, com uma missão.
      Somos lançados na terra feito sementes, germinamos, crescemos e um dia, frutificamos ao céu novamente.
      Para quem fica, é muito dolorido, mas está é a única certeza que temos, que retornaremos ao céu novamente. E tenha certeza, que um dia, se reencontrarão novamente, e neste dia, comemorarão com alegria.
      Enquanto isso, alimente-se com as boas lembranças dos momentos que tiveram juntos.
      E quando sentir muitas saudades, sorria, tenha certeza de que ela ficará feliz em ver-te sorrir.
      Abraço e que Deus te abençoe!

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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